sábado, 11 de junho de 2011

Histórias de Outros tempos II

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PARTE 2
   

     Encontrei repostas antes de sequer as procurar, um "Porque é que estou vendado" e uma ligeira dor na nuca foram suficientes para perceber que não tinha desmaiado na velha floresta nem sido levado para casa.
   
Tentei mover os braços para tirar a venda...
       
correntes...

    tentei correr...

        correntes...
 
  tentei atirar-me para o chão e rastejar...
       
chicotes... mal por mal preferi as correntes.
   
Tendo um cérebro avançado o suficiente para andar e pensar ao mesmo tempo deparei-me com a minha falta de preocupação.
   
"Se me quisessem matar certamente já o teriam feito"

A minha mãe deve-se ter esquecido de mim mal se apercebeu que só precisava de metade do stock de lenha a partir de agora por isso vamos lá ver no que me meti.

    Segui caminho até uma gruta (que remédio) até que uma das correntes dos meus pés se soltou, "vocês os dois entrem aí à esquerda, o resto dos mais velhos comigo"
  
Não fazendo a minima ideia de qual era a esquerda (obrigado mãe) dirigi-me para um lado...
 
  ...mais Chicotes...
 
      ...Desde aí nunca mais confundi.

    Portas a fechar... "deixem-me retirar-vos as correntes" retirei a venda, "Luz, já nao era sem tempo" resmunguei sob o barulho do metal a bater, "bem vindo às minas de ferro, ali tens a tua picareta, e ali tens o marcador do tempo (apontou-me uma pedra ao lado de um pequeno buraco vedado lá para fora) quando não conseguires ver a pedra eles vêm ver o que conseguimos extrair e receberemos parte do peso em comida."
 
  Dezenas de rapazes mergulhados em suor pelos corredores a perder de vista

"E se eu não quiser?"

    Metal a bater em metal por todos os lados...

 "Sentaste e fazes o que quiseres como fez o Andrah Seih" -apontou para o corpo em decomposição - "Mas não me parece boa ideia".
    Cortar material...pouca comida...corpos em decomposição... trabalhar para outros... não fosse a luz escassa e diria que afinal sempre me tinham trazido para casa.

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