segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Histórias de Outros tempos V

Clique aqui para ler a Parte 1 

Clique aqui para ler a Parte 4 
Clique aqui para ler a Parte 6 
Enquanto esperava por uma fantástica espetada num restaurante algarvio chamado Chefe Silva (penso) aproveitei que tinha o caderno e larguei mais um bocado de texto

PARTE 5
__________________________________________________________________________

Um ciclo de chacina...

  Que divertimento veria alguém no confronto de amadores sem qualquer preparação com outros colegas desarmados?

  Não pensei muito mais... nem tempo para isso tinha, apesar de me ver em qualquer um daqueles rapazes a correr em direcção a um bando de desconhecidos sem esperança gritava ordens à minha volta contando que quem me rodeava fosse parvo o suficiente para as seguir.

  Surpreendentemente uma barreira de corpos começou a ser formada, não com o meu nem com o deles, mas com o das pobres vitimas da nossa anterior carga.

Um por entre nós decidiu não ficar atrás do chão irregular de corpos que dificultaria a batalha e começou a correr em pânico à volta da arena.

  Tal qual uma matilha de lobos vendo o cordeiro abandonado todos se precipitavam sobre ele quase desfazendo o seu corpo como um farrapo.

A seguir a ele não havia como esticar mais o nosso tempo, a nuvem de poeira levantada pelos desajeitados guerreiros estava cada vez mais perto...
  e perto...
  perto...

  Ironia do destino desta vez estava do outro lado da matança, mas as nossas vítimas anteriores não faziam sequer ideia de que ainda ajudariam o seu assassino a sobreviver...

  Um rapaz caiu ao meu lado ainda tendo conseguido levar um dos armados com ele, vendo a sua lança de ferro perto de mim deslizei debaixo dos corpos de dois rapazes já mortos que me encobriam e peguei na lança levantando-me com rapidez...

  Já recuperado de me ter escondido entre corpos moribundos não fazia ideia para onde me virar,só não queria dar nas vistas.

  Olhei para um rapaz a fitar-me tão cegamente esperançoso por ver que o meu plano para arranjar uma arma tinha resultado que nem sequer se tentou desviar quando a minha lança penetrou pelo seu peito.

 Lutando e recuando ia matando fervorosamente os impotentes que se fiaram em mim e disfarçadamente abatendo um ou dois dos outros no frenesim da batalha.

 O público delirava. Obviamente que para quem estava de fora tudo o que eu estava a fazer era perceptível, mas no meio do pânico e sangue da arena nenhum estreante nestas andanças reparava no rapaz que tudo virava à sua frente.

 No fim, sobrámos três, o público gritava... gritava como se o sangue que vira não lhes tivesse chegado:
     "Falta Um!"

  Entreolhámo-nos, já nenhum hesitaria em matar e sabíamos todos que não íamos sair os três dali, mas havia uma coisa que eu sabia e eles não, o público estava errado:
       Faltavam dois...

3 comentários:

  1. É agora que começo a crítica ou espero o fim da história?

    ResponderEliminar
  2. geez, este capítulo é muito mais pesado que os anteriores. A bebida veio muito antes da espetada, não veio?
    E assim nasce o idiota que todos adoramos. Nada como um banho de sangue pela manhã para esquecer os abusos de infância

    ResponderEliminar
  3. Convenhamos, tens um jeitaço para os cliffhangers

    ResponderEliminar